Passa-vida

o teu amor sobrevoa tua cabeça

pousa em tuas mãos

faz ninho no teu peito

canora no teu corpo

transcendendo por teus poros.

o poema é o céu

por aonde ele enverga

asas reluzentes

queria assim fosse

o meu

que prefere

percursos diferentes;

ele é um balanço

pesado

puído

desbotado

nos ombros de

um passa-vida

o pé metido na estrada

levantando poeira

vai seu andarilheiro

que quando cansa

desaba num poema

todo seu peso

aliviando o ombro

estradeiro.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 12/06/2015
Código do texto: T5274744
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