Para você guardei
Para você guardei os poemas mais recônditos,
Os filmes menos vistos,
As maiores conchas que fazem gargantilhas.
Por você, atirei-me na lança,
Voltei a ser criança,
Sai da segurança, da escotilha.
E quando, tu voltares quem sabe
A mim encontrares no meio de tanto breu,
Por isso, deixei um mapa e um candeeiro,
Apaguei cinzas e cinzeiro,
Fui totalmente seu, por inteiro.
Quem sabe assim de amor
Apagar e reacendê-lo
Que bom que fosse sempre deixar um gás
Para um candeeiro,
Uma lenha na lareira,
Uma caixa de fósforo,
Quanto energia desta
O nosso coração precisa,
Para satisfazer a noite inteira,
E quantos dias esperaremos pelo próximo...