Para você guardei

Para você guardei os poemas mais recônditos,

Os filmes menos vistos,

As maiores conchas que fazem gargantilhas.

Por você, atirei-me na lança,

Voltei a ser criança,

Sai da segurança, da escotilha.

E quando, tu voltares quem sabe

A mim encontrares no meio de tanto breu,

Por isso, deixei um mapa e um candeeiro,

Apaguei cinzas e cinzeiro,

Fui totalmente seu, por inteiro.

Quem sabe assim de amor

Apagar e reacendê-lo

Que bom que fosse sempre deixar um gás

Para um candeeiro,

Uma lenha na lareira,

Uma caixa de fósforo,

Quanto energia desta

O nosso coração precisa,

Para satisfazer a noite inteira,

E quantos dias esperaremos pelo próximo...

Vinicius Santana
Enviado por Vinicius Santana em 28/04/2015
Código do texto: T5223124
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