MACTUB
MACTUB, estava escrito...
Mactub, estava escrito
Nas estrelas, no destino
Nossos nomes entrelaçados
Em desenhos e brocados,
Em alianças e anéis,
Poesias e cordéis
Que contam a história
Deste amor tão diferente...
Mactub, estava escrito...
Ele veio tão de mansinho
Me chamando de amor,
Me chamando de rainha,
Nas palavras tal afeto,
Tal doçura, tal carinho,
Me pegou desprevenida
Me dando este presente
Que recebo com ternura,
Sem promessas e sem jura,
Que o tempo não dá tempo
Pra pensar em algum futuro...
Só o hoje à minha frente
E esta febre intermitente
De um amor arrebatado
Quebrando minhas barreiras,
Meus medos, preconceitos,
Sem religião, sem respeito
A tabus antepassados
de pátria e de família.
Tudo é zerado
Na travessia dos mares e deserto,
O que era longe ficou perto,
Que de ver nem acredito..
Dois olhos verdes, faróis iluminados,
Mostraram-me o caminho certo,
A direção exata do amor
Amor tão novo, tão bonito.
E voaram como pássaros libertos,
carícias, beijos,
tantos desejos
varando o tempo
como as mil e uma noites
que nunca tiveram fim...
Passaram galopando perto de mim
estranhos beduínos
Livres, cantando versos
No idioma dos nômades
Filhos da vida e do universo...
Entrei neste tremor
Ouvindo a voz que me dizia
Com tal afeto, com tal ternura,
Me chamando de amor,
Me chamando de rainha...
-Vida...Vida...Vida minha!...
Mactub, estava escrito
Que eu ainda iria viver
este amor tão novo e tão bonito!...