Aberto entre Nós .

Restarás por mim a carta neste selo aberto entre nós;

Nutre este corpo, suspira meus prantos, deságua n'alma!

De minha memória estais, arde minha dor, ao teu colo.

Flores de um querubim, em doces instantes desta paz.

Deleite imune sob minhas veias que laceram meus vícios;

Escondendo-me mais, entre cinzas das nuvens repentinas!

Frio e fogo como espadas de paixões no tempo incansado.

Efeitos deste meu amor, olhos da vida caminhante para ti!

Tamanha saudade deste seu calor, vagueando sozinho;

Selvagem flor, de lábios rubro, fascinante pelos gelos...

Como as ondas aos lençóis por seu doce mar...Giro...Giro.

Tudo saem dos encantos, pelas asas frias do sol tão escuro,

Venenos do seu néctar, amanhecido de nossas auroras primas;

Pelo momento de minhas súplicas, aos desagues pelo teu ser!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 10/04/2015
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