Centenas de Alvoradas .
A fala mais bela é o amparar de uma lágrima.
Em sílabas fortes, dispensando os céus...
Acorrentando o tempo em anelo dos vícios!
Escondendo em teus passos a dor fascinada.
Entregando a sede, sem tomar um gole da noite;
Fazendo a esperança a chama de brasas solitárias,
Deixando o sol queimar, iguais as folhas anciãs das
tardes ofuscadas do vento por sua corrente trazida.
Tão exato, como o descer de uma montanha por
seu vulcão de lavas frequentes, caindo em rios nas
almas que tem os caules a verdade do cume negro.
Esquecendo, pronúncias fascinadas pelo nascer ao
teu ombro, a sombra da face assistida, das dores em
dias que tornam uma semente, centenas de alvoradas.