Centenas de Alvoradas .

A fala mais bela é o amparar de uma lágrima.

Em sílabas fortes, dispensando os céus...

Acorrentando o tempo em anelo dos vícios!

Escondendo em teus passos a dor fascinada.

Entregando a sede, sem tomar um gole da noite;

Fazendo a esperança a chama de brasas solitárias,

Deixando o sol queimar, iguais as folhas anciãs das

tardes ofuscadas do vento por sua corrente trazida.

Tão exato, como o descer de uma montanha por

seu vulcão de lavas frequentes, caindo em rios nas

almas que tem os caules a verdade do cume negro.

Esquecendo, pronúncias fascinadas pelo nascer ao

teu ombro, a sombra da face assistida, das dores em

dias que tornam uma semente, centenas de alvoradas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 07/04/2015
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