SEM AMOR, SE MORRE AOS POUCOS

SEM AMOR, SE MORRE AOS POUCOS.

Olhando a íngreme estrada,

Que nos leva ao fim da vida,

Na parada obrigatória,

Para todos os andantes,

Que passaram sob os arcos,

Criança, infância e velhice,

Felizes os que chegaram,

Por não se tornarem errantes,

Nascer viver e morrer,

É o destino de todos,

Que percorreram a estrada,

Dessas terras escaldantes.

Precisa o homem viver,

Buscando seus ideais,

Formando suas famílias,

Os filhos, topo humanista,

Quebra padrões e orgulho,

Embrenha-se dia após dias,

Na busca do amor eterno,

Sucumbe pois não se avista,

Consome o corpo e a mente,

Ficando próximo do fim,

Não pode ou não quer achar,

Que a fria morte o visita.

Duvide do bem querer,

Mas, é só e nada mais,

O silêncio o acompanha,

A cada dia sem cessar,

Nada pára nessa estrada,

Que nos leva para o fim,

Ficam pra traz esquecidos,

Os que não podem andar,

Quem não amou foi amado,

Não andou mais não parou,

Não encontrou a quem amar.

Precisamos aprender,

Trilhar a estrada sozinho,

Lembrando sempre que a vida,

Sabiamente inicia-se a dois,

No decorrer da viagem,

Outros se juntam ao caminho,

Ficam um ali, outro lá,

Largando o homem depois,

Trôpego, cabisbaixo sem alarde,

Fica o corpo a própria sorte,

Já que o espirito se foi.

Rio,09 de junho de 2007.

Feitosa dos Santos, A.