Interpor meu Silêncio .

Sonha-me oh sonho advindo , calor de mágoas deste pôr;

Oliveiras extensas, cristais entre as linhas de um violão.

Escutai-me oh , palavras deixadas um tanto ali sem fins,

Escondido e fascinado olhos da vida , dentro do coração.

Rubi deixado, rios de flores sangrentas, desta dor intensa.

Sobre os palmares que acendem a brasa molhada dizente!

Desesperos que acometem meus dizeres de um fim ao fim.

Paixões deixaram-me louco, vou estar sem ter a lembrança.

Estranho como a prata que se funde ao calor, dores imensas!

Desejos e orvalhos caídos oh Deus, minhas palavras sangram;

Como interpor meu silêncio, se estou tão sozinho deste amor?

Vida, por onde andais sem mim? Deixaste minh'alma sofrendo;

Oh liberdade, de tuas garras extensas, aconselhem este pobre

coração, ao prantear em tua face, deixadas há tantas saudades.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 31/03/2015
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