Disperso Romance .

Entre este amor que soa como vento em prantos!

Disperso romance, de tuas mãos ao meu corpo nu.

Aconchego este meu corpo sobre tuas auroras

ao sufocante descanso de minha vida transbordada.

Vens, amar-me como lembrança de um ontem que

ficou aqui , vais porvir minha angústia em teu calar!

Oh Olga, és minha semente de prantos, enriquecendo

Minh'alma que transborda este amor, encontrando-te...

Aos ramos que se deitam aos chãos, caminho para ti!

Desta terra fértil e generosa que renasce a esperança.

Grito meu ardente, de tua boca fechada, ponha-me ao

seus ardores, aos ventos que lampejam tantas veredas.

Sucumba-me, esta dor, destranque este amor tão cruel.

Procuro-te, sem fins aos encantos das belas tardes minhas.

Donde escondo meu ser, aos ramos deste amor que me tens!

Trilhando meus caminhos, tão seco , destes meus olhos.

Conduza-me oh minha Olga, lamento estes beijos não deixados.

Olhe-me, selvagemente desta tu'alma que anseia tuas reais

solidões, que intensificam meus cantos destes ósculos feridos.

Donde verás, jaz minha vida, findar-me, deste ramo caluniado.

Poeiras deixadas ali, por estes recantos de sombras molhadas,

Tenteias minha vida ao teu ser , ilumina este céu que há em mim ?

Esfaleça-me como o gelo , florindo em sensações, sobre teu olhar.

Sufoca-me, desta vida, perpetuas esta lealdade, germinando-te.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 31/03/2015
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