No sonho perdido a vontade se solta
O choro sem graça, distorcido
com falta de amor por perto
pune com vontade o vivido coração.
No sonho perdido, a vontade se solta
e o que permanece, sem ânimo
desiste e, no sono é consumido.
Encobrindo as ordens do amor
do alto da natureza fogosa
assiste ao presente passando
e, a sombra de uma viagem
rodando nos travessos pensamentos
motiva a noite a prever, sonhos ardentes.
As estrelas pequeninas, distantes
sorrindo no céu, pediam socorro
e mesmo assim, com gestos nobres
davam sossego, aos olhos maturados...
Desaparecendo numa fuga alucinante
nem piscavam mais, sinal de adeus
corriam para longe do seu mundo.
Entendiam passo a passo
o desânimo atormentado
no aguentado escondido coração.
No sonho confuso
o anseio se solta
e o que resta
sem coragem
no sono é abatido.