Minha Amada!

Eu te explicar-ei em poética

Tal Platão e sua arte dialética

- Simplicidade dum único sonho

Tão real e tão medonho

Não há nada nem o nada que temer

Imagino-me te imaginando me dizer

Palavras doces dos Livros das Receitas

Ouso-me te inferir às próprias colheitas

Doce fruto essa tal curiosidade

A mais bela flor, desabrocha a verdade

Vertendo emoções de medo e paixão

Palpita acalentado inocente coração

Inocência que não minha

Nossa, será só, sozinha

Palavras que afastaram o medo

Compôs ou compuseram o dedo

De seguir a realidade do agora

A perseverança de nova aurora

E tu, menina, tão casta

Me insegura, me arrasta

Em turbilhão de pensamentos afins

Com flores a plantar nos jardins

Que sonhamos em igual tom

Na música, do Silvio, o dom

De sincronizar tudo em prímulas

Do latim, sobrenome, fórmulas

Aprendi sozinho a desvendar

E sem maldade, é difícil explicar

Então escondo a obviedade

Do renascer em nova claridade

Fazendo poesia do nada, escusada

Pois na poesia, minha amada!

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 20/03/2015
Código do texto: T5176577
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