Ausência
Sandra M. Julio
Seca em meus olhos o pranto, que o sereno chora.
Em tranqüilas noites, como um largo rio...
Adentra minh’alma, que por imaginar-te cora
Depois só, mergulha num mar escuro e frio.
Em meus lábios, há um sorriso triste de estio...
Em minhas mãos o inverno se faz sombrio.
A saudade então, acende estrelas doudejantes,
Viajantes de estações ora distantes.
Tua ausência é o canto d’uma sereia,
Sinfonia que a onda traz e espraia...
Ávida bebe a areia.
A lua brincando se faz cheia, talvez minguante meia...
E ao olhá-la, meu coração tonteia,
Quando a dor da tua ausência permeia.
Sandra
25/08/05