ESTRADAS (Entre balas e baleiro, o meu amor primeiro!)
Que trecho sou eu
Da estrada da sua vida?
Um atalho sem rumo certo,
Ou simplesmente uma subida?
Nem mesmo a paisagem
Que faz parte do caminho,
Ou mesmo a curva logo adiante,
Que não a leva para lugar nenhum!
Que parte sou eu da sua vida,
Nem mesmo um abraço, um carinho
Sem a frieza da dúvida,
Da desconfiança!
Tudo vira sombra
Quando outras sombras
Se avultam pelas beiras da estrada!
Sou zero, menos que nada?
Uma peça a ser moldada
Ao rigor das suas mãos?
São seus desgostos,
Minhas vontades,
Apenas minhas vontades,
Vivendo sob sua tutela.
Ao sabor de seu leme
Meu barco treme
Se seu sorriso não aparece,
A qualquer gesto meu.
Como é o meu Deus,
Senhora das minhas noites,
Dona das minhas insônias!
Meus gostos
Sou seu servo,
Em sua vida
Quem sou eu nesta estrada?
Sou zero, menos que nada,
Uma peça a ser moldada
Ao rigor das suas mãos,
Fácil de ser trocada,
Ao sabor da ocasião?
Sei que não posso errar,
Para tentar ao menos
Para andar ao seu lado,
Ou sempre ainda quase namorado!!
Hoje, sim!
Amanhã, não?
Mas se tropeço,
É que eu corro
Te alcançar,
Apenas amigo