Asas à Escrita
Por vezes,
Meus versos...
Criam asas,
Voam sem destino,
Quiçá,
A deriva ou emergindo,
Pairando como folha outonal
Em noite de lua
Quase nova,
Inteiramente amante.
A cor do xale
Não importa,
Basta ser O xale
Que dá guarida aos seios
Aos mistérios congregados,
Amarelo ou dourado
Não importa,
É do pulsar do imo,
Da seda prestes a deslizar
Como o pranto pela face,
Como o Cavalgar das Valquíria’s
Dentre as águas do sempre.
01/01/2015
Porto Alegre - RS