Perfume de Chuva

A noite está desbota,

Sem graça, na graça

De se ouvir um sax

Em atitudes lúdicas,

Atitudes que fazem

A lágrima sorrir.

Pela brisa, o cheiro,

Da madeira molhada

Anestesia o olhar,

Já empapuçado

De saudade, saudade

De ouvir sua folha cantar,

Etérea, melancólica.

Enfim, escuta-se o silêncio

Por um leve lampejo

De mãos feitas para afagar,

De lábios feitos para beijar.

Sigam-se os versos

Na direção dos avessos.

Toda poesia

Segue o caminho

Do poema.

21/11/2014

Porto Alegre - RS