De Amor

Ah. Lá vai a tarde caindo,

À noite subindo

Como pêndulo marcando

O tempo, o espaço

Do verso alçando-se

Da solidão.

Antes da palavra,

A pena e o seu escrevedor

De mãos tremulas,

Olhar ora perdido,

Olhar ora embevecido

Como criança a bordo

De um circo voador.

Penas conVersas,

Penas anVersas.

Toda via,

O verbo dilata-se

Lá, pelo poente

D’onde vem à cor

Cintilante de uma carícia,

De um afeto poético,

De um beijo.

De amor...

19/11/2014

Porto Alegre - RS