Amor puro
Eu quero roubar seu primeiro amor
O único verdadeiramente puro e despretensioso
Embora demasiado inocente
É isso que o torna belo
É a descoberta de nunca outrora experimentadas sensações
O desejo pelo desafio
Que vai além do jogo
É uma necessidade indescritível
Estranhas palpitações inexplicáveis
Será a primeira e única vez
Que você irá acreditar
No valor de sacrifícios
Na infinitude da saudade
Na impossibilidade da solidão
Quero seu primeiro amor,
Pois estou cansada de sentimentos desgastados
Insinceros e cheios de dor
Só queria sentir a magia
Do inocente sentimento
Que não enxerga barreiras
Que ignora qualquer limite
Mas não seria cruel,
Apesar de inevitável,
Destruir mais um coração?
Torná-lo cético, insensível,
Devido à sua primeira frustração?
E quem pode escapar dela, afinal?
Quem é capaz de não corromper o puro sentimento
Com suas próprias amarguras?
Será que, talvez, a rara combinação
De pureza com pureza, em cada coração?