FURACÃO DE AMOR
Quando chegares,
não faças barulho.
Meus sonhos ainda dormem.
Vou deixá-los aqui,
nas nuvens onde estou.
Te levarei comigo,
no vôo à realidade.
Se acaso esbarrarmos em
nuvens carregadas,
faremos chover
“chuvas de letras”,
sua poesia, meu poema...
Deixe as asas na porta
do meu quarto,
Não te quero santo aqui.
Sou louca, apaixonada,
um furacão de amor...
Não quero mais a prosa,
sou reverso do teu verso.
Meu cheiro é teu convite
ao puro êxtase do amor...
Estou à flor da pele...
Em seu toque sou desejo,
e te faço meu menino.
Serei apenas sua mulher...
Me derreto nos seus ais...
Viro luz entre os lençóis
e, num segundo,
volto às nuvens,
a acordar os sonhos meus...