Dor orvalhada

É hora de escrever,

de escrever

um poema de vida

uma vida de poema,

da dor amor.

De repente

assim poesia

um tanto nua,

desnuda,

desprovida de rimas

provida paixão,

oh, letra marejada.

Quando do xale aquece,

minha dor embriaga-se,

move-se a contento do verso,

ato reverso de pautar

o descrito.

Do corpo

geografia soneto

à flor dos lábios,

à pena repousa

no tinteiro,

na pétala, orvalho!

18/10/2014

Porto Alegre - RS