Violeta Alfazema
Dunas,
Do peito macio
Onde mora o coração,
Das pérolas no colar
Sob o xale carmim,
Enfim...
É hora de descer,
Descer da solidão
Juntado pelo traçado
Todas as pétalas,
No epilogo a flor
Desabrochada, orvalhada,
Nua pelos versos.
Do incontido
O desejo,
Há contemplar,
Há plantar,
Como folha se soltado
Da árvore, dourada,
Como lua apontado
Pelo oeste.
Do contido
A bebida em doses
De harmonia,
De ensejos
À flor da pele,
Sítios migraram
Do âmago aos lamentos
Desnudos ao longo corpo,
De um jardim de alfazema!
09/10/2014
Porto Alegre - RS