Antigo poema de amor encontrado numa agenda perdida
Amor, não te deixes acorrentar
Pelas frias e tenebrosas aparências.
Lembra-te de que tem asas para voar
E libertar a tua poderosa essência.
Amor, tens nas mãos poderoso arco
E tens uma aljava carregada de flechas.
Deixa que o destino guie teu barco,
Não te desesperes, só a morte é certa.
Amor, tudo o que a ti pertence,
Volta ao teu domínio.
Caminhe rumo ao poente,
Celebremos a vida, o pão e o vinho.
Amor, não te esqueças dos tempos de outrora...
Não me deixes a vagar no Bosque da Solidão.
Não te esqueças que a insuportável demora
Dilacera e oprime meu angustiado coração.
MCSCP