TRÉGUA
Paremos de chover,
alvejemo-nos para que não venhamos
mais a fabricar tantas
sombras,
e abramo-nos de vez
às nuvens, para que possamos
nos sentir
– um pouco que seja –
mais próximos de nossas alegrias
e de nossas cores,
e mais distantes
das laivas e enregeladas lápides
de nossos fantasmas
e de nossas cruciantes
angustias e dores!
Péricles Alves de Oliveira