Porque passavas a vida a morrer-me

Porque passavas a vida a morrer-me,

habituei-me a amar os teus longes olhos

imersos nas trevas,

enquanto assistíamos,

quietos, ausentes,

ao cortejo fúnebre do nosso amor.

Devíamos talvez ter morrido um no outro,

e enquanto morrêssemos,

enquanto fôssemos cadáveres,

deixássemos que o tempo

se arrependesse de nós.

Nan Ferdinan
Enviado por Nan Ferdinan em 30/09/2014
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