Primavera de Amor.
Dourada carruagem as nuvens fendemCisnes a ela atrelados, asas premem
A deusa Flora febris a conduzem
Nos plúmbeos vórtices de Zéfiro fluem
Relevando a primavera doces encantos
Vem colore os sentidos, tinge as floradas,
Pálidas adormecidas flores, nos verdes campos,
Em vermelho as rosas antes descoradas
Nos seus olhos de lua, musa. A flama!
Brilhando mais que o sol sua íris em flor
Refletem nos botões ao se abrir em chama,
Entorpecentes dardos em essências de amor.
Quem pode resistir ao apelo da estação
Os faustos olores que avassalam o coração
Nossas mentes em seus vários torpores
Entregue as envolventes luxúrias de amores.