Indo por aí...
Indo por aí
Ah! Paremos com essa hostilidade
Esqueçamos nossas diferenças
As reticências, aparências não enganam não
Ah! Paremos de meias verdades, animosidades
Se quero somar preciso ser mais um
Mas não quero, desespero, sou alerta
O ponto e a vírgula, a pausa breve
O desmoronar da tese, quero paz
Nem que seja breve
Se amar demais passou a ser o meu defeito, troca!
Quero viver de qualquer jeito,
Deixa-me curtir esse despeito
De ser sozinho, e te amar, egoísta demais
Quero saber
Quando serás só alma minha?
E essa indiferença que só me leva a brochar
O passo roto, o dia morto, o corpo que,
Muito carente, só pensa em deitar
E lá vem a cama fria, o som da boemia,
Uma razão de não ser
Faço uma prece, choro pela janela
Quem é ela? Quem é ela? Vejo tudo em quadrados...
Enfim, penso que é tarde, se vou terei saudade
É dúvida, quiçá uma verdade
Uma das minhas muitas hamartias
Sem muito escândalo, lágrimas ou estandartes
Farei tuas malas e boa sorte
Meu coração maltrapilho ainda tem um norte
Dirão que sou carne, artéria ou nada
Mas farei de uma noite escura alvorada
Seguirei por aí me doando sempre noite e dia
Em busca de companhia, seguindo minha estrada
Gabriel Amorim 23/08/2014