O tempo uma hora chegará

Olho para o relógio a todo instante,

Continuo agoniado,

Os ponteiros parecem empacados

O tempo não passa,

Quando... meu Deus,

Esperar, esperar, esperar...

Não tenho o que fazer,

Se não, continuar o trabalho

Porém, não sai do meu pensamento

Tento me concentrar, reunir forças,

Mas o raciocínio está lento,

Rebento ao ponteiro novamente

E as voltas em torno dos números, não terminam

Levanto amargurado,

Sigo a copa lentamente

Observando as pessoas sentadas em suas baias

Alguns sérios, compenetrados, robotizados

Outros, com fuxicos e risadinhas,

Encho o copo com água e em um gole escorre pela garganta seca

No outro instante pego o santo cafezinho amargo e retorno a mesa,

Me aconchego na cadeira velha e sigo o olhar para a tela do computador

Que apresentam planilhas e gráficos desfocados,

Espio o relógio tentando enganá-lo.

Mas só alguns segundos se passam,

Fecho os olhos

Me perco no tempo

Abro os olhos...

Mais ninguém ao meu redor

Cafezinho gelado

Cochilei?

Não importa, é chegada a hora,

Ouvir a sua voz.

Fabiano Sousa