Eclípse
Não deixe uma nuvem de tristeza
Toldar o sol, que em teu rosto brilha,
Veja que a lua, solitária andarilha,
Tem por vezes, oculta sua beleza,
Quando a Terra a esconde do fulgor
Não lhe tira mesmo assim a sina
De ser aquela que ao poeta ensina
Fazer canções, e cantar o amor.
O sol por vezes pela lua, embotado,
Lança na Terra pequena sombra
Mas, o dia permanece ensolarado.
A tristeza que ora morna teu rosto
É apenas um eclipse, não assombra.
É Ave a cruzar o sol, em Agosto.
Urano
Primavera 2012