Alguma vez alguém imaginou
como eu seria sendo dono de casa,

então leiam meus versos e descobriram
o grande mentiroso que sou! “Kkkkkkk”
 

Minha prenda
 
Amanhã bem cedinho
Assim que o dia clarear
Vou correndo pra estação
No primeiro trem vou viajar
Minha prenda ligou pra mim
Pedindo pra ir lhe buscar
 
Eu arrumei nossa casa
O pó da mobília eu tirei
Ate os lençóis da cama
Por outros novos troquei
Não quero ouvi-la dizer
Que da casa eu não cuidei
 
Varri o pátio carpi o jardim
Colhi rosas a, casa enfeitei
Ate o velho mourão caído
Lá da cancela eu concertei
O alazão e a ponta de gado
Com carinho deles eu tratei
 
As panelas, deixei, brilhando
Como nunca eu imaginei
O meu chapéu de aba larga
A poeira dele eu escovei
Na pressa esqueci as malas
E o presente que eu comprei
 
Mas isso não e problema
Quando voltar e ela eu darei
Pela janela eu via a estação
Pra quem ficava eu acenei
O velho trem estava saindo
Num banco vazio eu sentei
 
Já passava da meia noite
Ao meu destino eu cheguei
Na plataforma da estação
Minha prenda eu não avistei,
De repente vi, ela chegando
Sorrindo seu rosto eu afaguei.
 
Vendo suas mãos vazias
Pela bagagem eu perguntei
Ela disse estão no hotel
Á onde eu me hospedei
Então a tomei nos braços
Com amor seus lábios, beijei!
 
 
Volnei Rijo Braga
Pelotas: 28 / 06 / 2014