No balanço do tempo

O tempo balançando-se num galho

olha a vida que brinca descuidada,

olha-me com saudades

enquanto vivo segundos de prazer.

Olho o tempo no seu ir e vir

dando saltos assustadores,

sorrindo do meu espanto.

Qual a cor do tempo?

Sinto tua falta, amor.

Busco no infinito teu olhar

e vou para onde o brilho

me conduz...

Qual o cheiro da saudade?

Quero estar contigo

mesmo que só em pensamento.

Às vezes menina, às vezes mulher,

me entrego em teus braços

me desfaço ou

me prendo

Não há fantasia em meus sonhos

ainda que etéreos e doces.

Só a realidade tão nua,

tão frágil,

que só o tempo, com tempo

desfaz

balançando-se no galho.

Miro tua imagem projetada

entre o sonho e o desejo

e acordo todas as manhãs

consumida,

de tanto pensar em ti.

Aziul
Enviado por Aziul em 30/04/2014
Código do texto: T4789369
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