Tempo

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Diante do inesperado,

o óbvio me invadiu.

Nunca voei,

mas, num cavalo alado,

meu coração ressurgiu.

Tive medo,

as dúvidas se avolumaram...

Ergui meu olhar,

busquei amparo na ilusão;

quis desacreditar,

evitar o convite,

mas, num estalo, percebi

tratar-se de fuga,

dizer que não.

Ofertei ao tempo o meu destino;

entreguei-me, também,

desejando evitar decepções.

Se o tempo, entretanto,

esse faceiro amigo da insanidade,

revelar que noutros braços

encontrarei conforto e abrigo;

quero entregar-me e me renovar,

debaixo do cetim dos lençóis,

entre teus braços.

Abrace-me!

Quero teu calor,

apesar do medo.

Crato-CE, 20 de abril de 2014.

19h29min

.:.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 20/04/2014
Reeditado em 25/10/2014
Código do texto: T4776205
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