Humanidade que arde.
03abr2014.
Como é bom de quando em quando
Render-se a alguns drinques, entregando-se,
A música, a sofreguidão dos lábios, fulgores alheios e mãos.
Tocando os corpos em frêmitos loucos e sensações
E trocar calor, salivas e suores. Sentir odores,
Gemer de amores, ausente os rubores de uma timidez hipócrita.
Apartados dos freios, Livre das rédeas que a vida impõe,
Embora humanos que o contra senso não nos segure,
Nem impeça aos instintos animais que todos temos,
Peco e peço para que não me afastem por hora esse cálice
Que ainda um pouco se acrescente a esta taça de veneno
Mais cicuta, pois, nesta hora somos todos imunes.
E ninguém nos puna por amar.
Ama, vive, vive, ama e goza.
Todos somos animais e precisamos muito disso
As paredes sejam nossa proteção e recanto de paixão,
A noite longa e escura nosso manto
Ocultando-nos clemente dos olhares pudicos
Onde reside o verdadeiro pecado _ o alheio.
Livra-se dessas vestes e maldito vil pundonor
E vamos, se apresse em fazer do prazer, o amor!
Aí, estaremos contribuindo para a humanidade...
E põe humanidade nisso!