Segredo das estrelas
Segredo das estrelas
Eu não juro!
(E juro crer nisto!)
crer no que raramente se vê
crer no que é raro!
Eu não raio
E raio todo anoitecer
Assim sendo,
minha sensatez se esgarça
e alça voos ...
Adormeço no peito
branco da poesia
e transcendo...
(Literalmente evaporo)
Quando tua mão em meu peito cochila
Quando teu verbo sussurra
Quando teu lirismo escorre
E tuas nítidas estrofes
me afagam
Afogo!
Quando sonho contigo
permeio vãos
tateio os olhos do universo
(metamorfose
Concreta)
Quando a canção começa
é tudo tempestade!
permito-me vagar
por tua peculiaridade
sentindo cada poro
das palavras
que voam como flechas
(incandescentes!)
E quando finalmente dormimos
é no esquerdo
que guardo
tua pena
(aconchegada!)
Que agora tão serena
só escreve estrelas!
Márcia Poesia de Sá