(...) Por fim, relembro meus amores!
Se me olhas assim, zangada
Rosto fechado, calada
Sinto o desejo me ardendo o peito
Ciúmes que sempre ignoro
Queixumes à esmo, te adoro
Não tem jeito?
Bem sei que santo não sou
Nem serei, já pensou?
Peco e sei, continuarei pecando
Todo o meu prazer me supre
Todo o meu amor se cumpre
... amando!
De não ser santo a crime cometer
Há muito o que se esconder
Pois se sei bem que culpado sou
Se é crime, só me rendo à chama
Que acende em ti, e em mim proclama
de quem tanto j'amou!
Porventura, agora, esqueçamos tudo
Você calada, e eu já mudo!
Somos um, agora não há pecado
Gozemos tudo de bom que há na vida
Tua face, teu gemido, você toda, querida!
E eu calado!
Depois ainda, tão bem, eu te repito
Já assim, solto um grito!
Que lhe apaga todas as más lembranças
Mate-me assim, ao suor demasiado oleoso
Que nos deslisa, nos traz de vera outro gozo
Em mim e tuas entranhas!
Te amo assim, te adoro, pra sermpre te quero
Se peco, é pois, por fim eu te espero!
Assim somos dois, um só, 'pecadores'
Eu te amando, você já nem tão zangada
Tão logo te amo denovo, minha amada
E por fim, relembro meus amores!