Eclipse

Lua e Sol,

Lua, tão luminosa e sensível,

Sol, tão radiante e forte,

Desde o início do mundo

Um anseia pelo outro.

Seria esse encontro impossível?

Encontrar-se-iam ao menos por um segundo?

No dia em que se conheceram,

Um lindo amor pintou.

Eterna paixão viveram,

Até que tudo acabou.

Lua amargurou-se de tristeza,

Mesmo com o brilho que Deus lhe deu,

Sol, o Astro-Rei, ganhou um título de nobreza,

Mas quando a saudade lhe atingiu, se entristeceu.

Sol, ao vê-la tanto sofrer, portanto,

A Deus um pedido fez:

‘’Ajude-a com amigos que a encham de encanto’’.

Assim, criaram-se as companhias da Lua, as estrelas.

Sempre que triste a Lua recorre a suas amigas,

Que fazem de tudo para animá-la de verdade,

E para verem-na feliz cantam cantigas,

Porém, a Lua ainda vive na escuridão da saudade.

Sol tenta enganar a solidão,

Finge ser feliz,

Lembrar-se dela parte-lhe o coração.

Mas o Sol ainda vive na luz do amor.

Quando chega a noite,

A Lua põe-se a brilhar,

Mas quando se lembra de seu amado,

Começa logo a chorar.

Todo dia de manhã,

O Sol põe-se a raiar,

O dia vaga no céu solitário,

Até o pôr do sol chegar.

Lua quando feliz é cheia e brilhante,

Quando triste é minguante e mal se vê seu brilho.

A saudade lhe deprime, mas continua sempre elegante.

Acompanhada das estrelas, mas fraca.

Sol quando feliz derrama seus raios em esplendor,

Quando triste esconde-se nas nuvens a sonhar com a amada.

A saudade o desanima, mas mostra seu sorriso aonde for,

Solitário, mas forte.

Foi então que Deus decidiu:

Nenhum amor nesse mundo seria impossível.

Um momento raro e único foi criado,

E finalmente Lua e Sol se encontram e ficam lado a lado.

Anna Julia Dannala
Enviado por Anna Julia Dannala em 16/03/2014
Código do texto: T4731355
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