A flor do amor
Quando tu, delicadamente, te abriste
Como uma flor de vida rara,
Permanentemente bela,
Foi que eu ganhei a luz.
Daí por diante foste flores
De amores sem trégua;
Quantos beijos me destes,
Desde que eras mãe;
Irmã mais nova, mais velha,
Amiga, amante, manancial...
A mais bela dona de mim.
Depois, arrastaste meus olhos,
Meus ouvidos, meu corpo
Pelas ruas com encantos de sereia.
Paixões que ascendiam meu
Coração ao céu,
Incendiando todos os sentimentos.
Quando teus mistérios de menina
Assanhavam meus desejos infantis
Eu ainda não sabia
Que, meu Deus!
De mim, o que seria sem ti.
Mulher, palavra encanto;
Esperança da mais pura e simples
Alegria para minha alma.
Quantas e quantas vezes
Eu nasceria do teu ventre,
Só para olhar-te nos olhos
E deixar-te servir-me, dos teus seios,
O mais puro néctar
Que nem o próprio paraíso me serviu?
Paraíso? Tu és o Éden precioso;
Meu recanto, encanto de viver feliz.
Carlinhos Matogrosso