Teus, tão meus

Teus traços

tão sutis

florescem enquanto

eu bebo o calor

dos teus olhos

para fugir de mim

[foge comigo também, e

perca na rua

a vontade de ser

o que já é,

apenas seja

por inteiro].

Dance em meio às nuvens

e não tema: o hoje é nosso

(e o amanhã: quem é que sabe?)

Somos infinitos pássaros

em busca de serenidade

divina

- o céu é nosso berço

e, teu coração, o meu

mar.

Ame sem medo de enxergar

trincheiras e vontades

que escancaram a porta

do quarto e o cobertor,

ame só pelo fato de que

tu és jardim de vida e

eu, rosa-morena, alimento-me

da luz que entra pela

janela e nos banha sem

cerimônia.

Valse com a pressa,

com a gana e comigo,

seja refúgio para

o doce dos meus lábios

e

toque-me - como melodia

toque-me - como um acorde de pétala

toque-me - que sou poesia.

O meio-dia dorme menino

em nossos braços

E tua alma tranquila

jaz em mim:

doce é a tua paz e

teu cheiro de jasmim.

Laís Fernandes
Enviado por Laís Fernandes em 01/03/2014
Código do texto: T4711195
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