Por sermos mães

Concebemos. Demos à luz

crias pequenas, serenas, indefesas

Isentas de almas conturbadas e presas De inócuo interior

Pleno amor Infinita conexão Profusão de alegrias

Sem garantia da constante comunhão Extremada dedicação

Sem o penhor da estima e do valor que iriam nos compensar

Fomos mais que a vigília do sono Fomos do sonho, os intentos Dos lamentos, a consolação Das quedas, o amparo Da fome, a sustentação

Vimos o tempo passar O principiar das transformações

Alterações evidentes

nos frutos do nosso ventre

de feitios tão desiguais

Previnimos, demos sinais De fatais caminhos sem volta

A possíveis ideais

Fomos "sombra"dos passos Dos fracassos, compreensão

Propulsoras dos bons atos Dos desacatos, lamentação

Tivemos vitórias, decepções Opiniões divergentes. Pareceres afins Bons tempos. Tempos ruins

Chegadas. Esperas em vão

Presságios. Noites em claro Dissabores. Provação

Uns acertaram. Outros erraram

Não rejeitaram o açoite do vento nem a rudeza do chão

Por entendermos que missão de mãe não tem fim............................................................................

........somos assim!

P.s: "Espinhos" à parte admiremos as rosas e botões

Zuca
Enviado por Zuca em 02/09/2005
Reeditado em 16/11/2021
Código do texto: T46937
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