Por sermos mães
Concebemos. Demos à luz
crias pequenas, serenas, indefesas
Isentas de almas conturbadas e presas De inócuo interior
Pleno amor Infinita conexão Profusão de alegrias
Sem garantia da constante comunhão Extremada dedicação
Sem o penhor da estima e do valor que iriam nos compensar
Fomos mais que a vigília do sono Fomos do sonho, os intentos Dos lamentos, a consolação Das quedas, o amparo Da fome, a sustentação
Vimos o tempo passar O principiar das transformações
Alterações evidentes
nos frutos do nosso ventre
de feitios tão desiguais
Previnimos, demos sinais De fatais caminhos sem volta
A possíveis ideais
Fomos "sombra"dos passos Dos fracassos, compreensão
Propulsoras dos bons atos Dos desacatos, lamentação
Tivemos vitórias, decepções Opiniões divergentes. Pareceres afins Bons tempos. Tempos ruins
Chegadas. Esperas em vão
Presságios. Noites em claro Dissabores. Provação
Uns acertaram. Outros erraram
Não rejeitaram o açoite do vento nem a rudeza do chão
Por entendermos que missão de mãe não tem fim............................................................................
........somos assim!
P.s: "Espinhos" à parte admiremos as rosas e botões