Descartável

Os meus dias vão passando

Me sufocando

...

Estou de mãos atadas

E com o corpo amarrado

Torturado.

As lembranças viram presente,

Parecem reais

E tu, continuas ausente.

Não só de corpo

Mas também de mente.

Outros tentaram tomar o teu lugar

E eu me pergunto

Onde estás?

Eu tentei gritar!

Continuo a tentar!

Chorei...

Ainda choro.

Minhas palavras,

Minhas lágrimas,

Meu sentimento,

Meu sofrimento

Não serviram pra nada.

Tu continuas aí

Sem lembrar

De pensar em mim

Isso pode ser o fim.

Eu não quero que seja o fim

Mas pra ti sim.

Parece que sou ninguém

Sou objeto,

Descartável,

Não reciclável.

Olha pra mim

Não só como mulher

Mas como sentimento.

Sei que em nenhum momento

Tu parou pra pensar

Que eu posso gostar.

Quando estás comigo

Não precisa beijar,

Nem falar,

Apenas tocar...

Fazer um carinho...

Viver o momento...

Olhar nos olhos

E conseguir ver,

Entender.

Que eu só quero ser lembrada,

Não usada

E sim amada.

13.02.2002 – 12:49AM

Fabby Poetsch
Enviado por Fabby Poetsch em 01/09/2005
Código do texto: T46794