Viva o carnaval!
E passou, a velocidade de furacão a sensação de ilusão
Ao contrário do que parecia me deixou crisálida, fria
E eu gélida ainda não compreendia sua extensão, dimensão, era tudo magia
E aos poucos consegui diminuir o ritmo, fui aprendendo
Comecei a dançar conforme a música, virei passista
E nessa confluência de gêneros fui dançando com tudo o que vi
Fiz meu xaxado ritmado, meu jazz com tamborim
E quando passa a euforia meu coração ainda sorria
Disparava, saltitava, aplaudia, passava sorrateiramente pela minha avenida
O samba canção de um só estandarte, uma escola de samba em plena exercício de arte
E o desfile terminava, ele já reverenciava minhas artérias
Conquistou tudo o que pode, fez alianças venéreas
No final a avenida estava suja, o repique não soava
A boca muda ficava, a mão esquentava... Era você quem passava