De ti para mim A ti com imenso amor

Ia sozinha pela estrada escura

aquela formosa criatura

a derramar pranto convulso.

E debruçado em seu sonho louco

a gritar...

já bastante rouco,

acompanhando a bela em seu soluço.

Que desespero naquele malfadado pranto,

que agonia atroz... e ali me encontro,

testemunha inútil de um pranto sem fim;

se eu pudesse, vendo-a nessa hora

"fazer" o que pensei agora,

dar-lhe-ia paz... E tudo de mim.

Não queres olhar-me, tens os teus motivos,

mas não podes trair tua vontade:

Quanto mais procuras afastar-te,

estarás a mim – mais cativo –

Vem, Amor

Oh, não me deixes! Por favor, por piedade

olha a minh'alma que estas matando de dor.

Tu a encontraste tão risonha e sem maldade

enchendo-a com o veneno cruel do teu amor.

Por que me deixas agora, a padecer?

Que te fiz eu, se procurei amar-te tanto?

Vives atrás de quem por certo te fará sofrer

e te abandonará para gozar teu desencanto.

Oh, meu amor! volta a razão e vem comigo,

deixa pra traz o lodo do caminho,

vem buscar o amor que te convém.

Olha à tua frente! O horizonte que sonhaste,

a doce melodia que um dia escutaste

quando vivíamos só nós dois e mais ninguém.

E como sabes

e como eu sei

quanto me amaste

quanto te amei

ainda hoje

sinto o sabor,

daquela noite

plena de amor,

daquele abraço,

daquele beijo,

o teu amor

traduz desejo.

Yara Gonçalves Maia
Enviado por Meu tema em 04/01/2014
Reeditado em 04/01/2014
Código do texto: T4636582
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.