Para nós dois A ti com imenso amor
Oh, tu que passas à beira do caminho,
que vieste de lá... daquelas bandas,
não vistes por aí, sozinho,
o meu amor em agonias tantas?
Não reparaste em seu semblante triste
o desespero que nele se estampa?
Meu amigo, diz-me que viste
e sabes onde ele acampa.
Quero levar como prêmio o que ganhei,
dividir com ele o que for meu,
quero lhe dar esperanças enfim...
Comigo trarei o que lhe dei,
dividir em dois o que for seu,
deixar com ele, um pouquinho de mim...
Chegaste e logo te vi
naquela mesma igreja
em que um dia casaste.
Oh, que tortura senti
ao ver-te, perto de mim
onde "um dia me deixaste"
Na sombra desta saudade
eu vivo amargamente.
Só tu, amor, que não sentes
meu desengano fatal.
Pudesse morrer, morreria!
Acabava assim a agonia
deste sofrer sem igual