Essa Prudente
Amo essa Prudente
Terra de boa acolhida,
Lugar de amiga gente,
Cidade que é querida.
Nas estradas,
Vendo as retas sem fim,
A noite indo e a alvorada,
Tudo ficando atrás de mim.
Os canaviais a perder de vista,
Logo chega a rodoviária,
A gente acena e te convida,
Para viver nessa pátria.
Sobe ladeira e desce,
O calçadão fervilhando,
O comércio cresce,
A gastronomia é um espanto.
Tem pastel de todo tipo,
Do chinês, do alemão,
Enorme e um reduzido,
Lanche que não conta a mão.
Se quiser um crepe,
Daqueles bem servidos,
O daqui é um leque,
Basta fazer o pedido.
Os shoppings entupidos,
Os sertanejos fazendo moda,
Tem loja com boi falecido,
Mulher chique andando de bota.
No centro é extraordinário,
A catedral magnífica,
A fé prestada com espaço,
A praça com chafariz dá guarida.
Os pombos enfeitam os céus,
Misturados com os indigentes,
Todos querendo ajuda ao léu,
Tudo aqui se faz urgente.
O sol levanta com vontade,
Aqui chega no seu pico,
Astro rei que mora e invade,
Decidiu por Prudente no seu “Fico!”
São tantos os motivos,
Que me fazem aqui ficar,
Dos sebos repletos de livros,
Da feirinha quando o sol raiar.
As revistarias,
Árvores florescendo,
Parque do povo com maestria,
Cortando cidade num crescendo.
A vista dos pontos mais altos,
O cumprimento do vendedor,
Doces grandes em que me esbaldo,
Museus e universidade para doutor.
Os aposentados jogando,
Na praça perto da polícia,
Nos sinais um show empolgando,
São todos verdadeiros artistas.
Mas a razão de aqui estar,
Vou contar sem me estender,
Uma morena linda que me fez apaixonar,
Não saio mais de Prudente, fico até morrer.
Cidade que me acolheu,
Com todo seu esplendor,
Aqui vivo meu apogeu,
O peito repleto de amor.