...Amor em promessa!
Fossemos o amor pungente de outrora
E morreríamos afogados em delírios
Ciumentos e vorazes... Em meio a
Tão voluptuoso sentir!
Salvou-nos os querubins
- por piedade –
Ao partir as asas em que voávamos
Impondo-nos distância
da loucura do alumbramento?!
A sobriedade do silêncio
- que em penitência se fez -
Arrefeceu os ânimos indolentes
Dos que, assim, amara avidamente.
No cálice do tempo
Dias e noites consumiram-nos
...Apurando o vinho,
...Expurgando o vinagre.
E, cicatrizadas as asas,
Rendemo-nos à sobriedade aviltante
Que ao amor concebem?
Sim! Matássemos a heresia da paixão insolente.
Sobreviveríamos, então...
– suaves, cálidos, eternamente doces -
...à PROMESSA perene
Do que seja PRA SEMPRE!...
Como se jamais fossemos do amor pungente
De outrora?!
Liliane Prado
(Exercício Poético)
Dedico ao poeta Maior...
...Puetalóide!
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/4597509