Brasinegro II

Livros choram...

Nossos ancestrais, também,

sofrimento de 300 anos,

sem sermos alguém.

Sem sonho, sem luz...apenas sobrevivência:

necessidade sem fim.

Na carência

a esperança soava: "nem tudo pode ser assim".

Estações floriram os campos,

Choro e lágrimas a dissipar.

Ideais e estandartes no chão.

A mancha negra nunca foi apagada do mar,

mas em outras terras foi lançada.

Antes o mal, o bem imperioso

colorindo montes e serras,

plantando uma nova nação vitoriosa.

O sofrimento se dissipou.

Sem pressa mudanças foram impostas.

Entre sangue e lágrimas

persiste o desejo da luta.

O enigma insisti em perguntar: Lutar por quê?

"Porque sei o que somos, e jamais

seremos o que fomos"!

SOU MAIS UM BRASINEGRO!

Paulo Rodrigues
Enviado por Paulo Rodrigues em 20/11/2013
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