Brasinegro II
Livros choram...
Nossos ancestrais, também,
sofrimento de 300 anos,
sem sermos alguém.
Sem sonho, sem luz...apenas sobrevivência:
necessidade sem fim.
Na carência
a esperança soava: "nem tudo pode ser assim".
Estações floriram os campos,
Choro e lágrimas a dissipar.
Ideais e estandartes no chão.
A mancha negra nunca foi apagada do mar,
mas em outras terras foi lançada.
Antes o mal, o bem imperioso
colorindo montes e serras,
plantando uma nova nação vitoriosa.
O sofrimento se dissipou.
Sem pressa mudanças foram impostas.
Entre sangue e lágrimas
persiste o desejo da luta.
O enigma insisti em perguntar: Lutar por quê?
"Porque sei o que somos, e jamais
seremos o que fomos"!
SOU MAIS UM BRASINEGRO!