Neblinações
No caminho, um ladrão apareceu, roubou-me de mim
Segurou-me a mão, guiou-me pelo caminho cinza
O amor, sorrateiro, esgueirando-se anda me rondando
Cinzento, fuliginoso os olhos dele me segue, persegue
Oh, queira os ventos não destituir-me de mim mesmo
Que não queiras, não tentes, não faça ação em mim
Que não me perca a mim, não saberia volver-me
E se me abandonasses a mão? ficaria preso na bruma.
Oh Forasteiro de mim, não conheço estes caminhos
Para onde me levas em levíssimas luvas de lua láctea
Se me abandonares? que faço estando longe de mim?
Como poderei encontrar-me novamente? Como:
Tu te encontraras na tênue e profundíssima bruma
Onde nos conhecemos e nos perdemos um do outro.
By: Adailton Almeida Barros.