Neblinações

No caminho, um ladrão apareceu, roubou-me de mim

Segurou-me a mão, guiou-me pelo caminho cinza

O amor, sorrateiro, esgueirando-se anda me rondando

Cinzento, fuliginoso os olhos dele me segue, persegue

Oh, queira os ventos não destituir-me de mim mesmo

Que não queiras, não tentes, não faça ação em mim

Que não me perca a mim, não saberia volver-me

E se me abandonasses a mão? ficaria preso na bruma.

Oh Forasteiro de mim, não conheço estes caminhos

Para onde me levas em levíssimas luvas de lua láctea

Se me abandonares? que faço estando longe de mim?

Como poderei encontrar-me novamente? Como:

Tu te encontraras na tênue e profundíssima bruma

Onde nos conhecemos e nos perdemos um do outro.

By: Adailton Almeida Barros.

Adailton Almeida Barros
Enviado por Adailton Almeida Barros em 04/11/2013
Código do texto: T4556176
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