Admito-te, às Vezes sou Metal...

Tem certos dias que tu me queixas da minha dureza,

Mas eu logo te digo que sou assim por que é preciso,

Pois nesse mundo nem sempre temos ao lado um amigo,

E sei que no dia-a-dia vence quem tem maior esperteza.

Admito-te, minha amada, às vezes sou metal,

Sou feito de aço inoxidável, frio, fosco e rígido,

A luta pelo pão sacrifica a vitalidade e o bom humor,

Pois nesse mundo sobreviver é uma realidade diária,

Mas a tua bem-aventurada presença e o teu amor

Dissolvem esse meu degradado estado de alma,

E o metal, frio e rígido, torna-se poesia rimada.

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Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 17/04/2007
Reeditado em 17/04/2007
Código do texto: T453460