Admito-te, às Vezes sou Metal...
Tem certos dias que tu me queixas da minha dureza,
Mas eu logo te digo que sou assim por que é preciso,
Pois nesse mundo nem sempre temos ao lado um amigo,
E sei que no dia-a-dia vence quem tem maior esperteza.
Admito-te, minha amada, às vezes sou metal,
Sou feito de aço inoxidável, frio, fosco e rígido,
A luta pelo pão sacrifica a vitalidade e o bom humor,
Pois nesse mundo sobreviver é uma realidade diária,
Mas a tua bem-aventurada presença e o teu amor
Dissolvem esse meu degradado estado de alma,
E o metal, frio e rígido, torna-se poesia rimada.
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