QUANDO SE AMA VERDADEIRAMENTE

(Sócrates Di Lima)

Quando se ama,

A saudade é navalha,

É uma ardente chama,

Que entra no corpo e nele se espalha.

O amor é uma chama

Que arde mas não queima,

O amor vai muito além da cama,

Por amar o desejo teima.

O amor não se engana,

Se verdadeiro, é louco,

Vive-se na gana,

Não se contenta com pouco.

O amor é saudável,

Manso, tênue e ás vezes insano,

O amor real é durável,

Nem parece amor humano.

Quando se ama verdadeiramente,

A renúncia é um tema evidente,

Por amor nos recolhemos tão somente,

Para amar na fidelidade de um amor permanente.

Quando se ama, a saudade soluça,

O desejo de ter e estar é frequente,

A espera debruça,

No para-peito desse amor da gente.

Quando se ama verdadeiramente,

A distância é mera fatalidde,

A gente quer sempre com um presente,

Agradar o amor e conservar a felicidade.

Quando a gente ama,

Descobre-se um novo Eu mais assistente,

E esse amor se faz permanente chama,

Que se mantem acesa no coração da gente.

...E assim, o amor afasta todas as mazelas,

E se rompido, traz incicatrizávei sequelas,

Mas quando se tem na alma um amor como o de Marcella,

Verdadeiramente o amor se faz no tempo sentinela.

...E assim eu a amo, nas cores da aquarela.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 23/09/2013
Código do texto: T4494201
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