QUANDO SE AMA VERDADEIRAMENTE
(Sócrates Di Lima)
Quando se ama,
A saudade é navalha,
É uma ardente chama,
Que entra no corpo e nele se espalha.
O amor é uma chama
Que arde mas não queima,
O amor vai muito além da cama,
Por amar o desejo teima.
O amor não se engana,
Se verdadeiro, é louco,
Vive-se na gana,
Não se contenta com pouco.
O amor é saudável,
Manso, tênue e ás vezes insano,
O amor real é durável,
Nem parece amor humano.
Quando se ama verdadeiramente,
A renúncia é um tema evidente,
Por amor nos recolhemos tão somente,
Para amar na fidelidade de um amor permanente.
Quando se ama, a saudade soluça,
O desejo de ter e estar é frequente,
A espera debruça,
No para-peito desse amor da gente.
Quando se ama verdadeiramente,
A distância é mera fatalidde,
A gente quer sempre com um presente,
Agradar o amor e conservar a felicidade.
Quando a gente ama,
Descobre-se um novo Eu mais assistente,
E esse amor se faz permanente chama,
Que se mantem acesa no coração da gente.
...E assim, o amor afasta todas as mazelas,
E se rompido, traz incicatrizávei sequelas,
Mas quando se tem na alma um amor como o de Marcella,
Verdadeiramente o amor se faz no tempo sentinela.
...E assim eu a amo, nas cores da aquarela.