BRISA DA FELICIDADE

Ela veio como que por acaso,

Quem sabe até tocada por anseios,

Dos que me amam e gostam de mim,

Diante dos apelos de meu coração.

À princípio tímida tocou leve meu rosto,

E percebeu lágrimas escorrendo,

Que num assopro fez se dissiparem,

Sentindo então todas as bondades.

Primeiro senti o perfume das flores,

Conhecendo quem eram os mensageiros,

Crianças que pediram à Deus por mim,

E depois todas as belezas da natureza.

Vi os sorrisos se abrindo num doce afago,

Acolhendo as pétalas de rosas adormecidas,

Que caíram no chão após o outono passar,

Sabendo que a primavera estaria chegando.

A brisa então me confidenciou um segredo,

Que guardarei num precioso pergaminho,

Pedindo então que somente o abrisse,

Quando precisar novamente de alentos.

Fortaleci com isso um coração que exultou,

Diante de tantas bondades oferecidas,

E se um dia as lágrimas novamente vierem,

Serão de alegrias e jamais de tristezas.

16-09-2013