Casal Boêmio

O ar de beleza que compõem o seu rosto

Maravilha sem igual, você é filha da natureza

Mal posso acreditar, não posso negar

Ao longo de todos esses anos

Nós vivemos rindo do nosso amor barato

Ridicularizado por infelizes e tristes sonhadores

Mas não ligávamos, não ligamos, nem vamos ligar

A vida é uma valsa vulgar para se vivenciar

Amar, chorar, comer, cuspir...

Oh mulher! Não se envergonhe por sermos dois pagãos

Pois cantamos com a voz que vem do fundo do coração

Tocamos a música da fonte dos sentidos

Sentidos apurados, seria outra dimensão?

Não sei, só sei que de tanto amar a vida

Vivo assim, meio assim, incompreendido e deserto

Observando a lua, os pássaros, as nuvens, as falas e gestos

Nos resta seguir os passos na calada da noite

Esparramar os nossos desejos insanos nas ruas

Melodias e poesia

Do nada ao infinito