Ainda eu, porque é você...

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" O que é que você foi fazer comigo

Me fez provar o mel, depois tirou

Eu tento esquecer, mas não consigo

Penso o dia inteiro nesse amor

Na hora que eu acordo, eu te desejo

Na hora do almoço, eu penso em ti

À noite, eu sinto falta do teu beijo

Mas quando chega a hora de dormir

Saudade vem

E deita do meu lado em teu lugar

E diz pra mim

Que mesmo que eu não queira, eu vou te amar

Eu já tentei ficar com outra pessoa

Mas não deu, sei lá

Falta sempre alguma coisa à toa

Pra me conquistar..."

( Adryana Ribeiro )

Não posso voltar pra você, porque jamais parti;

te guardei dentro e o cinza do asfalto, forrei de rosas,

fui fera encurralada e só pra não morrer é que eu te feri

mas ainda ronrono, brinco com novelos e quero colo e prosas,

quero mais que o sexo, quero o tudo e as loucuras,

quero os defeitos e a normalidade, quero o cotidiano,

quero o arrepio, o lanho, o carinho e as fissuras,

trocar o verso, perder a rima e mudar o plano,

mudar o vôo e ir ao seu ser único que a mim se fez perfeito,

que é apenas humano no mais humano que se pode ser;

na dor, nas querências, nas faltas, no imperfeito

e no dengo, na maciez da palavra, na força do querer;

ainda quero, mesmo que doa, ainda quero, porque sei

que é você e só você, e nenhum outro, a ser dono de mim,

nenhum outro me faz desafiar a minha própria lei

e nenhum outro me traz essa querência sem fim,

é você e, se sou eu, se apenas eu, mesmo nesse desencontro,

mesmo que o traço tenha que ser um risco camuflado,

mesmo que o segredo tenha que ser o marco desse ponto,

mesmo que cada palavra, cada olhar precise ser velado,

ainda assim, estou e ficarei, porque é teu o meu cheiro,

porque te quero em mim, te quero na minha cama,

te quero na minha vida e te peço, quando no meu travesseiro,

com teus cabelos misturados aos meus, sussurre que ainda me ama...