Ensaio sobre o amor
Quando se ama... não há futuro
O passado não dura mais que um segundo
Amar como se fosse a primeira e a última mulher
E no instante tácito e noturno
Logo vem saturno a ceifar o tempo
As papoulas do seus olhos
E as lágrimas de ópio
Entorpecem o meu corpo ,
Quase morto, de tanto te amar
O torpor e a feitiçaria
Que me quebrantaram em pedaços
Teu amor me rejunta
E me faz rosácea da tua alma catedral
Onde eu confesso cada instante de amor
Que nunca será o bastante para suportar a dor de amar.